Texto 2.

14/03/2010 14:42

 

2. A história das coisas      

 Os livros diziam que as coisas se deslocam ao longo de um sistema: da Extração para a Produção, para a Distribuição, para o Consumo, e para o Tratamento de Lixo. Isso tudo se chama 'A Economia de Materiais'. Mas, na verdade é um sistema em crise. Nosso planeta é finito, e não podemos ter um sistema linear se nós vivermos num planeta finito, e não se pode gerir um sistema linear num planeta finito, indefinidamente.

 Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, estes sujeitos (as corporações) estudavam a forma de impulsionar a economia. O analista de vendas, Victor Leboux, articulou a solução que se tornaria a norma de todo o sistema. Ele disse: "A nossa enorme economia produtiva"; "exige que façamos do consumo a nossa forma de vida"; "que tornemos a compra e uso de bens em rituais"; "que procuremos a nossa satisfação espiritual"; "a satisfação do nosso ego, no consumo..."; "Precisamos que as coisas sejam consumidas"; "destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior." O conselheiro econômico do presidente Eisenhower disse: "O principal objetivo da economia americana" "é produzir mais bens de consumo." Mais bens de consumo? O nosso principal objetivo? Não é providenciar cuidados médicos,ou educação, ou transportes seguros, ou sustentabilidade ou justiça? Bens de consumo?! Como é que eles nos fizeram adotar este sistema de forma tão entusiástica? Bem, duas das suas estratégias mais bem sucedidas são: a obsolescência planejada e obsolescência perceptiva. Obsolescência planejada é uma outra forma de dizer "criado para ir para o lixo". Eles fazem as coisas de modo que sejam inúteis tão rápido quanto possível para as jogarmos fora e voltarmos a comprar. Isso é óbvio em sacolas ou copos de plástico, mas agora verifica-se isso em coisas maiores como esfregões, DVDs, máquinas fotográficas, churrasqueiras, quase tudo! Até computadores!

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